PAPA ALEXANDRE VI - (RODRIGO BÓRGIA)- V (ÚLTIMA) PARTE
O primeiro impacto da sífilis na Europa foi devastador, lançando o caos e a confusão em todas as comunidades.Na época era uma doença mortal. As pessoas não tinham anti-corpos e era extremamente contagiosa. Em cada relação sexual com um portador da doença havia cinquenta por cento de probabilidades de se ficar contagiado. Nunca tinha aparecido nada parecido.(...)
O frade dominicano Girolamo Savonarola declarou que a sífilis era um castigo de DEUS. Alexandre, ele próprio siflítico, não achou graça.(...)
Alexandre ordenou a Savonarola que tivesse tento na língua. Quando ele não o fez, ofereceu-lhe o chapéu de cardeal-de graça. Savonarola recusou. Assim sendo, em 1498, Alexandre mandou-o queimar na fogueira como herege, comemorando a morte com uma orgia e o baptizado do seu filho e de Giulia Farnese.
Em seguida, anulou o casamento de Lucrézia e Giuvani Sforza com o ridículo fundamento de que não havia sido consumado, apesar de ter visto, com os seus próprios olhos, o casamento consumar-se.(...)
Giovani atacou o papa, dizendo que "queria a filha para si próprio" e que "a tinha conhecido carnalmente inúmeras vezes".(...)
No final,Giovani teve de ceder. Pelo que restava do dote de Lucrézia, cerca de 31.000ducados, assinou uma confissão de impotência.
Lucrézia foi trazida do convento e jurou perante uma comissão papal que ainda era virgem.(...)
Para cúmulo, quando o divórcio foi finalmente concedido, Lucrézia descobriu que estava grávida. O pai era provavelmente Perotto Calderoni, o garboso Camareiro-mor espanhol de Alexandre e favorito do papa. Furioso por os planos de Alexandre poderem estar arruinados, CÉSARE( Cardeal e filho do papa) apunhalou Calderoni nos aposentos papais e o seu corpo foi atirado ao Tibre.(...)
Calderoni pode ter sido um favorito do papa, mas a sua mulher,diz-se, era ainda mais favorita. Dizia-se que Alexandre era o pai do filho que teve em 1497.(...)
Se Alexandre tinha, de facto, uma relação incestuosa com a sua bela filha Lucrézia, isso faz dele o único papa a ter desfrutado de três gerações de mulheres: avó, mãe e filha.(...)
Tomazi acrescenta: "seria impossível enumerar todos os assassínios, violações e incestos que eram todos os dias cometidos na corte do papa. A vida de um homem não seria suficientemente longa para registar os nomes das vítimas assassinadas, envenendas ou atiradas vivas para o Tibre".
A fim de preservarem a própria vida, os prelados tinham de se prostar diante de Alexandre VI, louvar as suas relações incestuosas e elogiar Césare. (...)
LA FIN
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