quinta-feira, 22 de maio de 2008
LES RELIQUES DU CHRIST - 22.05.08
LES RELIQUES DU CHRIST
PUBLIÉ DANS "SCIENCE & VIE - HORS SÉRIE Nº236 - SEPTEMBRE 2006"
Reliques et Miracles ont toujours été synonimes de Pouvoir.La quête du pouvoir étant une constante chez l`homme, il est évident que les reliques allaient inspirer les faussaires en tout genre.De telles reliques, investies d`un pouvoir matériel et spirituel, avaient une importance politique et financière.
Dès les premiers temps du Christianisme on assiste à l`apparition de "faux".
Du fait même de son Ascension, le Christ a laissé peu de reliques directes,ces dernières étaint d`ailleurs sujettes à caution: saints prépuces (ils sont fort nombreux), ongles, cheveux, nombril...
Son sang, malgré (à cause de) une forte valeur symbolique, n`est pas plus épargné que les reliques ayant trait à sa vie terrestre.
On connaît ainsi plusieurs langues, le Saint-Berceau, le Saint-Foin (qui eut son heure de gloire en Lorraine), les Treize Cruches de Cana (pour six évoquées dans le récit biblique), etc.
Mais ce sont les reliques de la Passion qui inspirèrent le plus les faussaires: Calvin recense 14 clous et assez de bois pour faire "la charge d`un bon gros bateau" ou un gibet de 17 m...
La couronne compterait plus de 700 épines départis par le monde.
Les linges attribués au Christ sont régulièrement au coeur de polémiques; parmi les plus connus, citons la Tunique d`Argenteuil, celle de Trèves ou encore le Suaire de Turin.
Le cas le plus emblématique à ce propos est la mise au jour de nombreux vestiges par HELÈNE, mère de l`Empereur CONSTANTIN, au IVème siècle.
Deux récits classiques, au moins, racontent avec force détails ces événements, dont un point culminant est la découverte de la Sante-Croix. Détails qui ont leur importance, puisque les versions ne coincident pas. Dans un cas, Helène retrouve la Croix grâce à une vision, dans l`autre, en menaçant des Juifs. Ce qui est, au final, sans grande importance puisque le relique partira aux quatre coins du monde connu et attirera toutes les convoitises plusieurs siècles durant.
On est là, en somme, devant une véritable multiplication des reliques....
Il ne faut pas croire que l`Église était dupe de tout...
Dès le Vème siècle, Saint Augustin tance les moines qui se livrent au trafic de reliques et inventent allégrement de nouveaux martyrs.
Au Xème siècle le moine Guibert de Nogent reste, lui, dubitatif devant certaines reliques comme "la dent de lait" du christ ou "le lait" de la Vierge et dénonce des abus.
Le Pape Innocent III tente de faire interdire les fausses reliques,interdit renouvelé lors des Conciles de Latran IV et de Lion ( qui demande en outre que les reliques "récentes" soient "approuvées par le Pontife Romain").
On ne peut guère s`étonner de telles recommandations et critiques lorsqu`on se rappelle que sont offerts à l`adoration des fidèls le "soufle" de Jésus mis en boteille, le " han!" de Saint-Joseph fendant le bois, "l`éternuement" du Saint-Esprit, des "brindilles" du buisson ardent, dix "têtes" et plus de Saint-Jean-Baptiste, un "membre" de cerf qui tenait lieu de bras à Saint-Antoine dans sa châsse ou encore de la "pierre ponce" vénérée comme cervelle de Saint-Pierre.
LA FIN
VERSÃO PORTUGUESA
AS RELÍQUIAS DE CRISTO
Relíquias e Milagres têm sempre sido sinónimos de Poder. A procura do poder, sendo uma constante do homem, é evidente que as relíquias iam inspirar os falsários de todos os géneros.Tais relíquias,investidas de um poder material e espiritual,tinham importância política e financeira.
Desde os primeiros tempos do Cristianismo se assiste à aparição de falsificações.
Na realidade, mesmo da sua ascensão ao Céu, Cristo deixou poucas relíquias directas,sendo mesmo estas últimas suspeitas: Santos Prepúcios (são muito numerosos), unhas,cabelos, umbigos...
O seu sangue apesar (por causa de) seu forte valor simbólico, não é menos poupado que as relíquias no que diz respeito à sua vida terrena.
Conhecem-se assim muitas línguas,santos-berços,o São Feno (que teve a sua hora de glória em Lorraine),as treze cruzes de Caná (sendo seis as citadas na Bíblia), etc.
Mas são as relíquias da Paixão que mais inspiraram os falsários.
Calvino recenseia 14 pregos e tanta madeira que dava para fazer a "carga de um grande navio" ou "uma forca com 17 metros".
A coroa contava com mais de 700 espinhos repartidos pelo mundo.
Os lençóis atribuidos a Cristo estão regularmente no coração das polémicas: entre os mais conhecidos, citamos a Túnica de Argenteuil, a de Trèves ou ainda o Suário de Turim.
O caso mais emblemático a este propósito é a publicação de numerosos vestígios por HELENA, mãe do Imperador CONSTANTINO, no século IV.
Pelo menos dois relatos clássicos descrevem estes acontecimentos com detalhes muito fortes, cujo ponto culminante é a descoberta da Santa Cruz. Detalhes que têm a sua importância já que as duas versões não coincidem. Num caso, Helena encontra a cruz, graças a uma visão; noutro, ameaçando Judeus. O que afinal não tem grande importância pois a relíquia partirá para os quatro cantos do mundo conhecido e atrairá todas as cobiças durante muitos séculos.
Eis-nos, em suma, perante uma verdadeira multiplicação de relíquias.
Não é necessário acreditar que a Igreja fosse lorpa de todo ( que se deixasse enganar).
Desde o século V, Santo Agostinho repreende os monges que se dedicam ao tráfico de relíquias e inventam alegremente novos mártires.
No século X, o monge Guibert de Nogent, fica, ele mesmo, duvidoso perante certas relíquias como, por exemplo,a do "dente de leite" de Cristo ou a do "leite" da Virgem Maria e denuncia abusos.
O Papa Inocêncio III tenta interditar as falsas relíquias,interdição renovada aquando dos Concílios de Latrão IV e de Leão (que, além disso, pede que as novas -recentes- relíquias sejam aprovadas pelo Sumo Pontífice Romano).
Não nos podemos admirar muito por tais recomendações e críticas quando nos é lembrado que são oferecidos à adoração dos fieis o "suspiro" de Jesus,metido dentro de uma garrafa, o "hein" de São José a rachar lenha, o "espilrar" do Espírito Santo, o "chamiço da sarça ardente", dez "cabeças" e mais de São João Baptista, "um membro" do veado que que Santo António trazia ao colo quando andava à caça ou ainda a "pedra-pomes" venerada como sendo o cérebro de São Pedro.
FIM
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