segunda-feira, 9 de junho de 2008
UN EMPIRE CHRÉTIEN ? - 09.06.08
UN EMPIRE CHRÉTIEN ?
PUBLIÉ DANS " LES CAHIERS DE SCIENCE & VIE - Nº 94 - AOÛT 2006"
AUTEUR : PHILIPPE DESCAMPS.
I PART - CONSTANTIN SE CONVERTIT AU CHRISTIANISME
Le 28 Octobre 312, au cours de la bataille du pont MILVIUS et peu avant la prise de ROME,Constantin aurait aperçu dans le Ciel des signes lumineux.
Son premier biographe, Eusèbe de Césarée, y a vue l`apparition du chrisme, symbole de la foi chrétienne.
Il n`en fallait pas plus pour que l`Empereur qui a vencu son rival Maxence et qui aura en 324 raison de Licinius, à la tête de l`Orient, soit déclaré premier Empereur chrétien.
Et, bien plus,pour que l`on retienne 312 comme date du basculement de l`Empire Romain dans la chrétienté.
À bien y regarder, les choses sont bien plus complexes.
Le paganisme ne s`est pas éteint brutalement en ce début du IVème siècle et le Christianisme était à l`époque sans doute bien plus minoritaire que ce toute une tradition d`historiens a laissé entendre.
Sur Constantin lui-même et sur sa sincerité dans la conversion les historiens ont longtemps et abondamment glosé.
Était-il possible que cet Empereur, élevé dans le paganisme se soit connverti aussi rapidement ?
Pourquoi dès lors avoir attendu le seuil de la mort pour demander le baptême?
S`agissait-il d`une réelle foi ou bien simplement d`un ralliement opportuniste à une religion en plein essor et pleine d`avenir ?
À en croire le Cardinal Daniélou, Constantin n`aurait fait que se mettre au diapason de la société romaine en pleine mutation religieuse.
En 1963, il écrivait en effet dans sa NOUVELLE HISTOIRE DE L`ÉGLISE: "Au début du IVème siècle, les forces vives de l`Empire étaient en grande partie chrétiennes...En dégageant l`Empire de ses liens avec le paganisme, Constantin ne sera pas un révolutionnaire. Il ne fera que reconaître en droit une situation déjà réalisé dans les faits".
Autrement dit, la conversion de Constantin ne serait que l`effet d`une christianisation déjà bien entamé.Mais comme le rappele l`historien Yves Modéran dans L`EMPIRE ROMAIN TARDIF: "Il est inutile de souligner combien cette thèse était évidemment plus satisfaisante pour un intelectuel chrétien que celle qui aurait reculé d`un siècle le processus.
Quant à savoir comment et avec quelles motivations Constantin s`est converti, le mystère est et reste bien grand.
L`historien Henri- Irénée Marrou précisait en 1963 déjà: "Que Constantin d`abord païen, d`un paganisme éclairé et tolérant comme celui de son père, se soit converti au Christianisme ne peut faire de doute. Qu`il ait attendu la veille de sa mort pour demander et recevoir le baptême correspond à un usage alors fréquent et s`explique par les dures nécessités du métier d`empereur: pour ne parler que des crimes les plus éclatants, Constantin dut susuccessivement assumer la responsabilité de la mort de son bon-père, de trois beaux-frères, de son fils ainé et de sa femme. Ce qui laisse entier le problème de savoir à partir de quelle date remonte son adhésion à la foi chrétienne".
LA FIN DE LA I PART
VERSÃO PORTUGUESA
UM IMPÉRIO CRISTÃO ?
Em 28 de Outubro de 312, no decorrer da batalha da ponte Milvius e pouco antes da tomada de Roma, Constantino terá avistado no Céu sinais luminosos.
O seu primeiro biógrafo, Eusébio de Cesareia, viu aí a aparição do Crisma( representação monogramática de Cristo), símbolo da fé cristã.
Mais não era preciso para que o Imperador, que venceu o seu rival Maxence e terá tido em 324 a razão de Licínio, à cabeça do Oriente, seja declarado o primeiro Imperador Cristão.
E bem mais, para que se retenha 312 como data da mudança do Império Romano para o seio da Cristandade.
Olhando bem para isso, as coisas são bem mais complexas.
O paganismo não se extinguiu brutalmente neste princípio do século IV e o Cristianismo na época era, sem dúvida, muito mais minoritário do que o que deixou entender toda uma tradição de historiadores.
Acerca de Constantino, sobre ele mesmo e sobre a sua sinceridade na sua conversão,
os historiadores comentaram abundantemente e durante muito tempo.
Será possível que este Imperador, criado no paganismo, se tenha convertido tão rapidamente ? Porquê desde então ter esperado o limiar da sua morte para pedir o baptismo ?
Tratar-se-ia de uma verdadeira (real) fé ou simplesmente de uma adesão oportunista a uma religião em pleno progresso e cheia de futuro ?
A crer em tal, para o Cardeal Daniélou, Contantantino não terá feito outra coisa senão meter-se no diapasão da sociedade romana em plena mutação religiosa.
Em 1963, ele escrevia, com efeito, na NOVA HISTÓRIA DA IGREJA: "No princípio do século IV, as forças vivas do Império eram em grande parte cristãs...Ao libertar o Império das ligações com o paganismo, Constantino não terá sido um revolucionário. Apenas reconheceu em direito uma situação já concretizada em factos".
Dito de outra maneira, a conversão de Constantino não será mais que o efeito duma cristianização já bem encetada. Mas como o lembra o historiador Yves Modéran em O IMPÉRIO ROMANO TARDIO: " È inútil sublinhar quanto esta tése era evidentemente bem mais satisfatória para um intelectual cristão do que aquela que teria recuado em um século o processo".
Quanto a saber como e com que motivações Constantino se converteu, o mistério existe e continua bem grande.
O historiador Henrique Irineu Marrou precisava em 1963:" Que Constantino,de princípio pagão, dum paganismo esclarecido e tolerante, como o do seu pai, se tenha convertido ao Cristianismo, não pode haver dúvidas.Que ele esperou a véspera da sua morte para pedir e receber o baptismo corresponde a um uso então frequente e se explica pelas duras necessidades das funções do Imperador: para não falar senão nos crimes mais retumbantes, Constantino teve sucessivamente de assumir a responsabilidade pela morte de seu sogro, de três cunhados,de seu filho mais velho e da sua própria mulher.
O que deixa inteirinho o problema de se saber a partir de que data remonta a sua adesão à fé cristã.
FIM DA I PARTE
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